A certa altura da história, o surf brasileiro se torna orgulho nacional. Heróis que ultrapassam a bolha fazem o esporte brilhar, e o espelho para novas gerações é natural, inspirando cada vez mais desejo na medida em que não um, mas até agora quatro comprovaram: o sonho de ser campeão do mundo é possível! Os pequenos sonhadores entram na pilha, e a cobrança por resultados cada vez mais cedo se torna uma epidemia no surf.Mas e se o alto rendimento não fosse visto como único destino para o desenvolvimento de jovens talentos? E se, ao invés disso, a estrada esportiva fosse encarada prioritariamente como transformadora da trajetória de vida, independente da profissionalização ou do resultado final? Se uma via pode se tornar uma armadilha, especialmente para a saúde mental, a segunda contribui com experiências que servem pra vida.Essa é a visão de Pedro Souza, treinador com um extenso currículo prático e acadêmico que conversou com
Rapha Tognini,
Carol Bridi e
Junior Faria nesse episódio do
Surf de Mesa.Pedro faz a coordenação do Centro de Treinamento Municipal Santos de Surf, onde treina uma equipe que inclui atletas de destaque no circuito brasileiro e no WQS; e desenvolveu importantes trabalhos em conjunto com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e a Confederação Brasileira de Surf (CBSurf). Entre eles, o Modelo de Desenvolvimento de Atletas de Surf em Longo Prazo no Brasil,
disponível no site da CBSurf. Mestre em Ciências e graduado em Esporte, é também professor na pós-graduação de Treinamento Específico para Surfistas da Universidade de Coruña, na Espanha.Treinamento específicoComo Pedro não é cara pra uma conversa só, rolou ainda uma polêmica provocação sobre exercícios de treinamento específico: a repetição de movimentos fora do mar realmente transfere habilidades para dentro do mar?Ficou curioso se os exercícios que você tem feito não passam de mímica? então dá o play aqui e vem ouvir toda a experiência que o Pedro tem a compartilhar.
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