Olá, hoje é 28 de novembro de 2024, meu nome é Sergio Luiz Sousa, Assessor de Agronegócios em Campos Novos - SC e vamos falar sobre o cenário do Trigo. Segundo dados da Conab, 94,4% dos 3,068 milhões de hectares semeados com trigo no país já foram colhidos. Somente os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina possuem lavouras a serem colhidas, representando 10% e 30% de suas áreas, respectivamente. A expectativa inicial de aumento de produção que havia em abril com mercado esperando um aumento de 20% em relação à safra passada, foi frustrada. A nova estimativa da Conab para o mês de novembro/2024, é de uma produção nacional de 8,1 milhões de toneladas, ou seja, semelhante a safra 2023. A maioria dos estados produtores registraram diminuição na produção obtida, seja por diminuição da área plantada ou por intempéries climáticas, como estiagem e geada. Na região nordeste, a Bahia, único estado produtor, apresentou redução de 20% na área plantada, refletindo diretamente na redução de 20% na produção obtida. Vale destacar que o estado cultiva somente no sistema irrigado, não apresentando variação de produtividade. Na região centro-oeste, as lavouras foram afetadas pela estiagem e pelas altas temperaturas, sendo o Mato Grosso do Sul o estado que apresentou as maiores perdas. A produção reduziu 64% em relação à safra passada. Em Goiás apesar do aumento de 37% na área cultivada, houve queda de 12% na produção. Somente no Distrito Federal, onde há o predomínio de cultivos irrigados a produção subiu 81%, principalmente devido ao aumento de área de 105%. Na região Sudeste, os dois principais estados produtores apresentaram redução de produção em relação à safra passada. Minas Gerais, motivada pela redução na área cultivada em 8% e a estiagem na região do triangulo mineiro, reduziu sua produção estadual em 12%. Já São Paulo viu sua produtividade reduzir aproximadamente 5% em função da estiagem. Na Região Sul, o estado do Paraná é o único com a colheita já finalizada. O segundo maior produtor do país, viu sua produção cair 34% em relação à safra 2023. Em função da estiagem que atingiu as lavouras cultivadas no norte do estado, onde o plantio foi realizado mais cedo, e depois as geadas ocorridas na metade sul, foram os principais motivos na redução da produtividade das lavouras. No cenário internacional, os preços chegaram a subir 6% nas últimas semanas, devidos as crescentes tensões no Mar Negro, envolvendo dois dos maiores exportadores mundiais de trigo, Rússia e Ucrânia. As altas só não foram maiores, devido ao relatório do USDA, que apontou expectativa de aumento na produção mundial da safra 2024/25. O indicador Cepea/Esalq-Paraná registrou redução de 0,16% nos últimos 30 dias, cotado a R$ 1.425,62/t. Comparado ao mesmo período do ano anterior o aumento foi de 7%. A confirmação da diminuição da produção brasileira está sustentando as cotações internas apesar da oferta da colheita na região Sul. Para apoiar nossos clientes, o Banco do Brasil disponibiliza linhas de comercialização para este e outros cereais de inverno. Para mais informações, consulte sua agência BB e parceiros agro. Conte sempre com a assessoria especializada em agronegócios e com toda equipe do Banco do Brasil. Fica a dica de crédito consciente e sustentável. Boa safra.
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