# 5 - Tardio - Mia Couto

3 de dic. de 2020 · 39s
# 5 - Tardio - Mia Couto
Descripción

Quando quis ser fruto fui fome, não mais do que areia de um chão sem cio. Quando sonhei ser pano fui agulha. E morri no sono do gesto de enrolar...

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Quando quis ser fruto
fui fome,
não mais do que areia
de um chão sem cio.
Quando sonhei ser pano
fui agulha.
E morri no sono do gesto
de enrolar o fio.
Quando aprendi a ser poente
já não havia céu.
Quando quis anoitecer
tudo era luz.
E assim me condeno
em livre vício:
no mais derradeiro
eu só vislumbro um início.

Mia Couto, Poemas Escolhidos
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Información
Autor Joziane
Organización Joziane
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