Mídia é “todo suporte de difusão de informação que constitui um meio intermediário de expressão capaz de transmitir mensagens.” É tentador jogar a internet no mesmo balaio, não? Mas a internet vai mais longe. Google, Facebook, Twitter e a internet em si, são novidades que ainda não compreendemos. Não são “editores” ou produtores de conteúdo, mas plataformas de conversação, não apenas para levar conteúdo de um lugar para outro, mas para conectar pessoas. E isso muda tudo. Pense neste podcast, como uma mídia social, por exemplo. Você pode comentar, compartilhar ou encaminhar, com um monte de gente lendo e comentando, fazendo um ruído imenso, tão maior quanto mais polêmico for o assunto e a troca de mensagens. Esse ruído, esse barulhão, é a sociedade conversando. E às vezes o barulho fica tão alto, que começa a incomodar. É então que surge o conceito do “pânico moral”, definido nas palavras da cientista de dados Ashley Crossman: “Pânico moral é um medo espalhado pela sociedade, geralmente um medo irracional, de que alguém ou alguma coisa é uma ameaça aos valores, à segurança e aos interesses de uma comunidade ou sociedade. Tipicamente, o pânico moral é perpetuado pela mídia, alimentado por políticos e geralmente resulta na aprovação de novas leis e políticas que têm como alvo a fonte do pânico. Dessa forma, o pânico moral pode ampliar o controle social.” Ampliar o controle social. Tá entendendo? E o pânico moral não tem lado. Ele é ferramenta para qualquer um que quiser espalhar o medo. Até para um obscuro site alimentado por um modesto casal do interior do Paraná. Isto foi uma ironia. A pergunta do novo milênio, portanto, tem de ser: Quem se beneficia da ampliação do controle social? Os bobinhos dirão: “a sociedade”, enquanto caminham bovinamente em direção ao matadouro. Este cafezinho chega a você com apoio do Cafebrasilpremium.com.br, conteúdo extraforte para seu crescimento profissional. Versão do Youtube:
https://youtu.be/P2nPKp2OuVASee
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