O livro A Patologia da Normalidade, de Pierre Weil, Robert Crema e Jan-Yves Leloup, trata de um comportamento chamado “normose”, o hábito de pensar, sentir e de agir tido num certo consenso social como normal mas que tem natureza infecciosa, podendo ser letal. A normose é uma normalidade doentia. Distingue-se da normalidade saudável, como levantar cedo e caminhar todos os dias, por exemplo, que constitui um consenso. E distingue-se também de uma normalidade neutra, como almoçar ao meio-dia. O número de normoses é muito grande. Cada dia descobrimos uma ou várias delas nas áreas mais inesperadas. Uma vez que assimilamos o conceito e seu alcance, se torna impossível não ver a normose. Sabe quando você se dá conta da sua ignorância e se pergunta “como é que eu fazia isso e achava normal?” Geralmente os normóticos são passivos e acomodados, tipo “deixa a vida me levar”, sabe como é? Apenas reagem aos fatos, com respostas irrelevantes e previsíveis, conformadas ao óbvio. Os normóticos procuram justificar o porquê não fizeram alguma coisa ou desistiram de um desafio, usando argumentos previsíveis. Você já viu ou ouviu gente assim? O normótico vive sob efeito da auto-imitação: sempre as mesmas convicções, as mesmas soluções ou os mesmos discursos. É confortante saber que somos normais, não é? Pois é. Mas cuidado. Normalidade demais é doença. Venha para o mundocafebrasil.com e entenda como funciona.See
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