A filósofa alemã Hannah Arendt, investigou os regimes extremos como o nazismo e o stalinismo em sua obra "Origens do Totalitarismo". Ela ressaltou a destruição da esfera pública, a desvalorização da vida humana individual e a manipulação política como características centrais desses regimes. Para Hannah, a ação política é essencial para promover a liberdade e a igualdade, destacando a importância da esfera pública e do engajamento político. Hannah enfatizou a ideia da pluralidade, reconhecendo a diversidade e a individualidade de cada pessoa, e argumentou que a política é um espaço onde todos têm voz, apesar das diferenças. Entendeu? A política é um espaço onde todos têm voz, apesar das diferenças. Hannah também explorou a "banalidade do mal" ao analisar o caso do julgamento do nazista Adolf Eichmann, mostrando que o mal pode surgir da falta de pensamento crítico e da obediência cega. A obra de Hannah Arendt é fundamental para compreender a política como um espaço de convivência e deliberação entre pessoas diferentes. Agora a suprema ironia. Ouça esta fala de Hannah Arendt: “O resultado de uma total e consistente substituição da verdade dos fatos por mentiras é que, com isso, vão se destruindo os sentidos com base nos quais nos orientamos no mundo real”. Que tal? É com essa fala de Hannah Arendt, que Yuri Corrêa da Luz e Ana Letícia Absy, procuradores regionais dos direitos do cidadão, abrem as 215 páginas da ação civil pública que pede a cassação da rádio Jovem Pan porque a emissora, ao dar espaço para colunistas de opinião, “veiculou conteúdos desinformativos sobre o funcionamento de instituições públicas nacionais, e conteúdos incitatórios à violência e à ruptura do regime democrático brasileiro." Entendeu? Os procuradores usaram Hannah Arendt para dar um verniz à pratica da censura e da violência contra a liberdade de opinião e pensamento. Tudo aquilo que ela abominava. Se um dia esses procuradores se encontrarem com ela em outro plano, como todo malandro brasileiro, banalmente dirão: “Vai desculpando aí, dona Ana. Foi mal...”
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