Fragilidade - EP#28 T2
12 de oct. de 2022 ·
8m 39s
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Descripción
Todos nós temos os nossos pontos de fragilidade, uma forma única de os vivenciar, de os mostrar ou esconder. Venho de um mundo onde expor a fragilidade era sinónimo de...
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Todos nós temos os nossos pontos de fragilidade, uma forma única de os vivenciar, de os mostrar ou esconder.
Venho de um mundo onde expor a fragilidade era sinónimo de fraqueza.
Um mundo onde a fragilidade era escondida atrás da arrogância, da necessidade de mostrar que somos melhor do que o outro, da demonstração de autoridade: “Fazes porque te estou a mandar e ponto final!”
Como todos nós repeti estes comportamentos vezes sem conta, afinal de contas foi isso que me foi ensinado através de conversas e comportamentos.
Se mostras que és fraca, os outros não te levam a sério!
Se mostras que és fraca, os outros vão abusar de ti!
Se mostras que és fraca, os outros comem-te viva!
Estas e muitas outras frases elucidavam o que poderia advir em caso de demostrarmos que o outro nos magoou fosse de forma física, mental ou emocionalmente, caso nos sentíssemos frustrados, mostrássemos a nossa sensibilidade ou qualquer outra manifestação de sermos ou nos sentirmos frágeis.
Resumindo: mostrar fragilidade era o ponto de entrada do grande papão, o monstro imaginário que nos comia vivos.
E toda uma geração aprendeu a mostrar algum tipo de agressividade para esconder a dor ou as dores que sentia no seu interior.
No meu caso, aprendi a confundir fragilidade com sensibilidade, com incapacidade e frustração. Aprendi a esconde-la por trás de atitudes ríspidas, autoritárias acompanhadas muitas vezes de ordens dadas com voz alta e cortante.
Fragilidade podia significar não sermos capazes de fazer algo, como por exemplo saltar ao eixo, podia ser manifestar o choro por nos criticarem ou ralharem, sermos incapazes de respondermos a um agressor da nossa idade ou um pouco mais velho, de sentirmos frustração por não chegarmos às expectativas que outros tinham para nós.
Só muito mais velha, quando comecei a questionar o que me foi ensinado, é que consegui aos poucos ir dando um novo sentido a esses princípios.
Agora, vejo a fragilidade como um ponto de contacto com os outros e no qual crescemos e aprendemos juntos.
No meu caso específico, percebi que a fragilidade estava muito ligada á sensibilidade.
Chorava muitas vezes sem perceber porquê, não havia uma razão palpável, credível. Um simples filme, um belo pôr do sol podiam ser o motor para um cair silencioso de lágrimas pelo rosto e um raspanete por estar a demonstrar que não tinha força.
Outras vezes sentia dores que, tal como apareciam, passado pouco tempo, desapareciam misteriosamente e se por acaso me tivesse queixado delas, vinha logo um relatório de normas que tinha infringido.
Quando comecei a aprender o Reiki e outras terapias energéticas é que, aos poucos, fui entendo o que significavam esses choros, dores e outros sintomas: a minha sensibilidade á energia que me rodeia.
Sei como o outro se sente emocionalmente porque sinto as suas emoções. Choro, não por mim, mas porque ajudo o outro a libertar a dor que ele ou ela sentem e são incapazes de soltar. Sinto as suas dores e pressões simplesmente para identificar como realmente o outro se encontra.
Ao nível da energia, tudo estes acontecimentos são naturais e explicáveis.
Descobri que dos 5 sentidos, o sentir é para mim o canal principal de receção de informação sobre tudo o que me rodeia.
Em vez de me fechar a sentir, aprendi a distinguir quais as sensações que são realmente minhas das que são simples informação do exterior.
Aos poucos fui deixando de me identificar com sentimentos, emoções, dores que são mera informação e ganhando uma visão mais alargada do que me rodeia.
Fui descobrindo que através das sensações a intuição fala comigo, me dá informação para além do obvio e que posso confiar nela.
O que anos atrás considerava uma fragilidade, não compreendia, achava ser um defeito que me excluía totalmente da convivência com o outro é agora a minha grande mais valia, a minha forma de saber para além do que é falado e mencionado, de compreender e ajudar o outro, e me permite responder com maior assertividade aos desafios que vão surgindo.
Mostrar as minhas emoções, expressar o que penso e sinto sem colocar filtros, não me preocupando se os outros acham bem ou mal, se gostam ou não, tornou-se natural e normal para mim.
Acredito que a conexão negativa da palavra “Fragilidade” vem de um mundo que na sua maioria já voou e o que dele possa restar está em vias de extinção.
Fragilidade é a porta que nos permite interagir com quem nos rodeia numa dança permanente de trocas, sejam elas de saberes, de conhecimento, de talentos.
Fragilidade permite-nos abrir o coração á diferença.
Você meu querido ouvinte, qual é a característica que o torna especial, único e que até agora a denominou de fragilidade?
Segue-me em:
www.anaritabandeirademelo.pt
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Venho de um mundo onde expor a fragilidade era sinónimo de fraqueza.
Um mundo onde a fragilidade era escondida atrás da arrogância, da necessidade de mostrar que somos melhor do que o outro, da demonstração de autoridade: “Fazes porque te estou a mandar e ponto final!”
Como todos nós repeti estes comportamentos vezes sem conta, afinal de contas foi isso que me foi ensinado através de conversas e comportamentos.
Se mostras que és fraca, os outros não te levam a sério!
Se mostras que és fraca, os outros vão abusar de ti!
Se mostras que és fraca, os outros comem-te viva!
Estas e muitas outras frases elucidavam o que poderia advir em caso de demostrarmos que o outro nos magoou fosse de forma física, mental ou emocionalmente, caso nos sentíssemos frustrados, mostrássemos a nossa sensibilidade ou qualquer outra manifestação de sermos ou nos sentirmos frágeis.
Resumindo: mostrar fragilidade era o ponto de entrada do grande papão, o monstro imaginário que nos comia vivos.
E toda uma geração aprendeu a mostrar algum tipo de agressividade para esconder a dor ou as dores que sentia no seu interior.
No meu caso, aprendi a confundir fragilidade com sensibilidade, com incapacidade e frustração. Aprendi a esconde-la por trás de atitudes ríspidas, autoritárias acompanhadas muitas vezes de ordens dadas com voz alta e cortante.
Fragilidade podia significar não sermos capazes de fazer algo, como por exemplo saltar ao eixo, podia ser manifestar o choro por nos criticarem ou ralharem, sermos incapazes de respondermos a um agressor da nossa idade ou um pouco mais velho, de sentirmos frustração por não chegarmos às expectativas que outros tinham para nós.
Só muito mais velha, quando comecei a questionar o que me foi ensinado, é que consegui aos poucos ir dando um novo sentido a esses princípios.
Agora, vejo a fragilidade como um ponto de contacto com os outros e no qual crescemos e aprendemos juntos.
No meu caso específico, percebi que a fragilidade estava muito ligada á sensibilidade.
Chorava muitas vezes sem perceber porquê, não havia uma razão palpável, credível. Um simples filme, um belo pôr do sol podiam ser o motor para um cair silencioso de lágrimas pelo rosto e um raspanete por estar a demonstrar que não tinha força.
Outras vezes sentia dores que, tal como apareciam, passado pouco tempo, desapareciam misteriosamente e se por acaso me tivesse queixado delas, vinha logo um relatório de normas que tinha infringido.
Quando comecei a aprender o Reiki e outras terapias energéticas é que, aos poucos, fui entendo o que significavam esses choros, dores e outros sintomas: a minha sensibilidade á energia que me rodeia.
Sei como o outro se sente emocionalmente porque sinto as suas emoções. Choro, não por mim, mas porque ajudo o outro a libertar a dor que ele ou ela sentem e são incapazes de soltar. Sinto as suas dores e pressões simplesmente para identificar como realmente o outro se encontra.
Ao nível da energia, tudo estes acontecimentos são naturais e explicáveis.
Descobri que dos 5 sentidos, o sentir é para mim o canal principal de receção de informação sobre tudo o que me rodeia.
Em vez de me fechar a sentir, aprendi a distinguir quais as sensações que são realmente minhas das que são simples informação do exterior.
Aos poucos fui deixando de me identificar com sentimentos, emoções, dores que são mera informação e ganhando uma visão mais alargada do que me rodeia.
Fui descobrindo que através das sensações a intuição fala comigo, me dá informação para além do obvio e que posso confiar nela.
O que anos atrás considerava uma fragilidade, não compreendia, achava ser um defeito que me excluía totalmente da convivência com o outro é agora a minha grande mais valia, a minha forma de saber para além do que é falado e mencionado, de compreender e ajudar o outro, e me permite responder com maior assertividade aos desafios que vão surgindo.
Mostrar as minhas emoções, expressar o que penso e sinto sem colocar filtros, não me preocupando se os outros acham bem ou mal, se gostam ou não, tornou-se natural e normal para mim.
Acredito que a conexão negativa da palavra “Fragilidade” vem de um mundo que na sua maioria já voou e o que dele possa restar está em vias de extinção.
Fragilidade é a porta que nos permite interagir com quem nos rodeia numa dança permanente de trocas, sejam elas de saberes, de conhecimento, de talentos.
Fragilidade permite-nos abrir o coração á diferença.
Você meu querido ouvinte, qual é a característica que o torna especial, único e que até agora a denominou de fragilidade?
Segue-me em:
www.anaritabandeirademelo.pt
Información
Autor | Ana Rita Bandeira de Melo |
Organización | Ana Rita Bandeira de Melo |
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