Reinaldo Gottino traz para nossa roda de conversa um tema importante e recorrente: racismo. Após ter afirmado numa Universidade, durante uma palestra, que era a favor da cota para negros, Gottino percebeu que o debate continua forte e que vale a reflexão sobre fatos históricos que nos trouxeram até a realidade de hoje e a necessidade de cotas. Em 1888, quando a Princesa Isabel assina a Lei Áurea, os negros passaram a ser “livres” numa terra onde os brancos já estudavam, tinham profissão e famílias organizadas. Libertos, os escravos não tinham para onde ir, não tinham profissão, não tinham estudos, não tinham preparo e espaço numa sociedade a qual, teoricamente, passariam a pertencer. Subempregos e condições mínimas de sobrevivência passam a ser a realidade do negro “liberto” no Brasil. O jogo iniciado em 1888, segundo Reinaldo Gottino, começou desigual. Começou “7 a 1”. E é preciso conversar sobre história e a realidade das oportunidades em nosso país.