Uma advertência contra o descuido - Marcos 10.29-31
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Descripción
Ninguém há que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos por amor de mim e por amor do evangelho, que não receba,...
mostra másA prioridade de Jesus não é que fiquemos confortáveis.
Quando uma conversa com Jesus sobre herdar a vida eterna terminou com um jovem rico deixando a cena triste porque não estava disposto a se separar de sua riqueza para segui-lo, Jesus disse a seus seguidores que “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus” (Mc 10.25). Em resposta, Pedro, que gostava de deixar escapar as coisas em tais ocasiões, apontou os sacrifícios que ele e os outros discípulos fizeram para seguir a Jesus (v. 28).
Presumivelmente, Pedro estava tentando obter uma palavra tranquilizadora de que ele e os outros discípulos estavam “a salvo” do aviso de Jesus, já que haviam deixado para trás suas posses. E, de fato, Jesus respondeu oferecendo o encorajamento de que quem sacrifica muito por sua causa e pelo Evangelho certamente receberá muito em troca. Em outras palavras, Deus cuidará dessa pessoa nesta vida e na era por vir. Mas Jesus não estava preocupado em simplesmente fazer com que seus discípulos se sentissem bem consigo mesmos. Então ele prosseguiu com um fim inesperado: “Muitos primeiros serão últimos; e os últimos, primeiros”.
Podemos imaginar Pedro, ao ouvir essas palavras, comparando-se ao jovem rico e sentindo-se tranquilo. Mas esse não parece ser o argumento que Jesus estava fazendo. Ele já havia lidado com as riquezas. Em vez disso, parece que Jesus estava alertando a seus discípulos: Cuidado para que o descuido não pegue vocês. Há aqueles que presumem ser “os primeiros” — muitos que são informados, pelo mundo ou pela igreja, de que são “os primeiros” — e um dia ficarão chocados com a avaliação de Jesus sobre eles. É para aqueles que deram tudo o que tinham por ele, muitas vezes de maneiras despercebidas por outros, que Jesus reserva a mais elevada exaltação.
Talvez nós, como Pedro, nos sintamos protegidos dos desafios de Jesus sobre riqueza e sobre sermos “os primeiros”, ora porque não temos riquezas em primeiro lugar, ora porque já nos sacrificamos muito por Jesus. Podemos sempre encontrar alguém mais rico do que nós ou que desistiu menos do que nós e basear nosso senso de segurança nessa comparação. Mas Jesus não está preocupado em nos fazer sentir confortáveis. Em vez disso, ele nos chama do nosso relaxo para segui-lo com devoção. A pobreza relativa não é mais uma virtude do que a riqueza relativa. Ele prometeu cuidar de nós e nos chamou para encontrar nossa segurança em sua obra consumada por nós, não no que estamos fazendo por ele. Não ceda ao descuido que vem da comparação com os outros. Em vez disso, ouça o chamado de Jesus a Pedro quando, em uma ocasião posterior, Pedro perguntou a seu Senhor se a vida de João seria diferente da dele: “Quanto a ti, segue-me” (Jo 21.22).
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