24 ABR. 2021 · O artista Iberê Camargo tem uma trajetória de reconhecimento no universo da pintura, ao longo dos anos 60 e 70 suas telas conquistaram um lugar de destaque na história da arte brasileira. Porém, em diversos momentos, mesmo um grande artista como Iberê, contou com a contribuição de outras pessoas e artistas para desenvolver seu trabalho.
A exposição O Fio de Ariadne, em cartaz no Instituto Tomie Ohtake (colocar data de término), retoma algumas dessas importantes contribuições. Especialmente a participação das ceramistas Luiza Prado e Marianita Linck, que colaboraram para a produção de pinturas do artista gaúcho em peças de cerâmica, e de Maria Angela Magalhães, que produziu ao menos sete tapeçarias a partir das telas do Iberê, a pedido do artista.
Nesse episódio o educador Pedro Costa conversa com a curadora da exposição O Fio de Ariadne, Denise Mattar, sobre o processo de pesquisa para a exposição e sobre suas descobertas em relação às contribuições dessas e de outras mulheres na trajetória de Iberê Camargo. Uma discussão que retoma certo silenciamento das mulheres nos anos 60 e 70 no Brasil, mas que registra os diversos lugares e papeis que as mulheres assumiram nesse momento, apesar das dificuldade.
Conversam também sobre o desenvolvimento da tapeçaria na história da arte ocidental e as experimentações sobre esse suporte por artistas modernos no Brasil e na Europa, uma pesquisa desenvolvida há muito tempo pela curadora.