06/09/2022 - Cenário do feijão
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Olá, hoje é terça-feira, 06 de setembro de 2022, meu nome é Ana Paula Cunha, sou assessora de agronegócios em Brasília - DF e falaremos hoje sobre o cenário do...
mostra másCom a colheita da segunda safra (safrinha) finalizada, é possível afirmar que, embora tenha havido oscilações climáticas durante o ciclo da cultura, os resultados foram considerados muito bons – com destaque para o aumento de 72,5% na produção de Feijão Preto, totalizando 371,6 mil toneladas. Já o Feijão Cores teve acréscimo de 22,8%, com uma produção final de 557,6 mil toneladas. Estes volumes, somados às 430,5 mil toneladas de Feijão Caupi, conferiram à safra 2021/22, o montante de 1.359.000 toneladas, 19,5% superior produzido na safra passada.
Estes números expressivos, especialmente relacionados ao Feijão Preto, resultaram em forte pressão baixista nos preços, reflexo do aumento da oferta. A exemplo, somando-se as duas safras (verão e safrinha), a produção total de Feijão Preto ultrapassou quase 56 mil toneladas o consumo estimado pelos órgãos oficiais.
Para a terceira safra, os quase 540 mil hectares semeados, basicamente nas regiões centro – oeste e nordeste do país, estão em pleno desenvolvimento. As previsões de forte concorrência com as culturas de milho e trigo, se concretizaram e há uma estimativa de redução na área plantada. Nos estados da Bahia, Goiás e Minas Gerais, as lavouras já estão na fase de maturação e colheita, com bons resultados e ótima qualidade do produto colhido.
Por outro lado, nos estados de Pernambuco e Alagoas, houve redução do potencial produtivo devido ao plantio tardio, ocasionado pelo excesso de chuvas, que, por sua vez, resultaram em menor formação de grãos e com qualidade inferior. Assim, nestas localidades é previsto um rendimento 20% inferior à safra passada.
Para o plantio da nova safra de verão (águas) 22/23, observa-se tendência de redução de área – especialmente no Paraná, tradicionalmente o estado com maior representatividade nesta safra. Os órgãos oficiais estimam uma redução de 12% no estado, motivada pela estagnação do preço do Feijão Preto e dos custos de produção mais altos. Há uma expectativa que boa parte destas áreas migrem para a cultura da Soja que, no momento, apresenta uma rentabilidade mais atrativa ao produtor.
Como o plantio desta safra está apenas iniciando, é de suma importância que o produtor acompanhe de perto estas movimentações do mercado – para a tomada de decisão mais assertiva, especialmente àqueles que ainda não comercializaram a sua produção.
O Banco do Brasil, principal parceiro do agronegócio brasileiro, coloca à disposição dos produtores rurais, linhas de crédito de investimento e custeio para a cultura do feijão – com prazos adequados e taxas de juros compatíveis com o mercado.
Conte sempre com a assessoria especializada em agronegócios e com toda a equipe do Banco do Brasil. Fica a dica de crédito consciente e sustentável. Até a próxima!
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